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O ato falho

  • Foto do escritor: Arthur Alexander
    Arthur Alexander
  • 17 de set. de 2023
  • 1 min de leitura

O ato falho, na teoria de Sigmund Freud e Jacques Lacan, é um conceito que se refere a ações ou palavras involuntárias que revelam pensamentos reprimidos ou desejos inconscientes. Ambos os psicanalistas abordaram o tema de maneira significativa, embora com algumas diferenças em suas interpretações.


Para Freud, o ato falho era uma manifestação do inconsciente em ação. Ele acreditava que quando alguém cometia um ato falho, como esquecer um nome ou trocar palavras, isso refletia um conflito entre impulsos inconscientes e as barreiras impostas pelo ego, o sistema psíquico que busca equilibrar os desejos do id com as demandas da realidade. Por exemplo, esquecer o nome de alguém poderia ser uma forma de evitar conscientemente o contato com essa pessoa devido a desejos ou emoções reprimidos.


Por sua vez, Lacan trouxe uma perspectiva linguística e estruturalista para o ato falho. Ele argumentava que as falhas na fala revelavam aspectos do inconsciente, uma vez que a linguagem era fundamental para a constituição do sujeito. Para Lacan, essas "escorregadelas" na fala, como trocar palavras ou sons, eram pistas que indicavam os conflitos e os jogos do inconsciente na tentativa de se expressar através da linguagem.


Jacques Lacan, influenciado pela teoria estruturalista e a linguística, via o ato falho como uma manifestação da relação entre a linguagem e o inconsciente. Ele argumentava que a linguagem era fundamental para a constituição do sujeito e, portanto, qualquer deslize na fala ou na escrita continha significados inconscientes. Lacan considerava que esses lapsos revelavam a presença do "inconsciente estruturado como uma linguagem" e a luta do sujeito para expressar seus desejos e angústias dentro das limitações da linguagem.

 
 
 

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© 2025 por Arthur Alexander Abrahão

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