A teoria das pulsões segundo Lacan: desvendando a complexidade humana
- Arthur Alexander
- 25 de jun. de 2023
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A teoria das pulsões segundo Lacan é uma abordagem psicanalítica que busca compreender o funcionamento psíquico e a motivação por trás dos comportamentos humanos. Jacques Lacan, desenvolveu sua teoria das pulsões como uma maneira de reinterpretar e ampliar as ideias freudianas sobre o inconsciente.
Para Lacan, as pulsões são uma parte fundamental da vida psíquica. Elas representam as forças motivadoras que impulsionam o sujeito a agir e buscar satisfação. No entanto, diferentemente da concepção de Freud, Lacan rejeita a dicotomia entre as pulsões de vida (Eros) e as pulsões de morte (Thanatos). Em vez disso, ele propõe a existência de uma única pulsão.
A pulsão é um conceito complexo que envolve tanto aspectos biológicos quanto simbólicos. Lacan acredita que a pulsão não é apenas uma questão de satisfação de necessidades físicas básicas, mas também está ligada à busca de um sentido de completude e identidade. Ele argumenta que a pulsão está enraizada na falta, na incompletude inerente ao ser humano, e é por meio dessa falta que o desejo é gerado.
Uma característica central da teoria lacaniana das pulsões é a sua ênfase no papel do simbólico. Lacan argumenta que as pulsões são mediadas pela linguagem e pelos significantes. A linguagem é o meio pelo qual os desejos e demandas do sujeito são expressos e negociados com o mundo exterior. A pulsão é, portanto, atravessada pela ordem simbólica e pela estruturação do sujeito pela linguagem.
Além disso, Lacan distingue entre o objeto da pulsão e o objeto do desejo. O objeto da pulsão refere-se a um objeto específico que pode satisfazer a pulsão em um nível puramente físico, enquanto o objeto do desejo está ligado à dimensão simbólica e é moldado pelos significantes presentes na cultura e na linguagem. O objeto do desejo é um objeto impossível de ser alcançado plenamente, pois está sempre fadado a escapar ao sujeito.
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